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terça-feira, 31 de julho de 2012

A importância do psicólogo



Toda e qualquer pessoa tem sua história, tem por trás de si a contribuição de inúmeros homens que, numa dimensão de tempo anterior ao tempo presente, fizeram indagações, realizaram descobertas, inventaram técnicas de vida, desenvolveram idéias, isto é, por traz de qualquer pessoa existe uma produção material ou espiritual, é buscando compreender, em profundidade, algo que compõe, hoje, o nosso mundo, significa recuperar uma história.
Isto porque o passado sempre está no presente, e o futuro também enquanto uma idéia que se tem dele no presente. Todos nós temos uma história pessoal e nos tornamos pouco compreensíveis se não recorremos a ela, bem como a nossa perspectiva de futuro para entendermos, quem somos, e por que somos de uma determinada forma, hoje.
Para compreender o comportamento do homem, suas experiências vivenciadas e percebidas, suas atitudes, suas reações, seus valores, sua grandeza, identificam-se com sua experiência. O que passou, o que sentiu, e sofreu ficam acumulados e armazenados ao longo dos tempos, isto é, exatamente, onde a PSICOLOGIA atua. Os problemas da infância, da adolescência, e da fase adulta ficam acumulados dando espaço para o surgimento das doenças psicossomáticas.
A psicologia é uma ciência jovem, e por ser jovem, a pessoa ainda desconhecem seus verdadeiros objetivos. Muitas pessoas poderiam ser beneficiadas, profissionalmente e socialmente, por um maior conhecimento em psicologia. Os médicos compreenderiam melhores seus pacientes se conhecessem os princípios da Psicologia Clínica.
Os empresários e homens de negócios, lucrariam muito com a introdução de melhores condições de VIDA e de SAUDE aos seus funcionários. Professores, enfermeiras (os), assistentes sociais e Pais seriam mais eficientes em seus trabalhos, se conhecessem os fundamentos da Psicologia Clínica e da Psicologia do Desenvolvimento.
Todos nós cidadãos e cidadã lucraríamos em conhecer ás várias técnicas usadas pelos Psicólogos para melhorar a qualidade de vida, e, conseqüentemente aprender a CONHECER melhor o valor de seu comportamento humano em geral, de modo a podermos melhorar a compreensão de nós mesmos e dos outros.
Através do conhecimento da Psicologia, descobrimos a natureza da inteligência, da motivação, das emoções, da aprendizagem, do pensamento e da personalidade como um todo. Aprendemos como indivíduos diferem uns dos outros sob todos esses aspectos. Descobrimos como a hereditariedade e o ambiente trabalham juntos para produzir as características humanas e o comportamento, vislumbrando muitas influências que entram na formação da personalidade.
Deste modo, a Psicologia está presente na vida e no modo de viver de todos os seres humanos. Somente através de tal compreensão da natureza humana, poderá vir à capacidade para dirigir, subsidiar e melhorar o comportamento humano em todas as dimensões: Física- Social - Emocional – Intelectual – Espiritual e Moral.
Fonte: http://www.brejo.com/colunistas/wmview.php?ArtID=155

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Transtorno de Personalidade Esquizóide

A característica essencial do Transtorno da Personalidade Esquizóide é um padrão invasivo de distanciamento de relacionamentos sociais e uma faixa restrita de expressão emocional em contextos interpessoais. Este padrão começa no início da idade adulta e se apresenta em variados contextos.

Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Esquizóide parecem não possuir um desejo de intimidade, mostram-se indiferentes às oportunidades de desenvolver relacionamentos íntimos, e parecem não obter muita satisfação do fato de fazerem parte de uma família ou de outro grupo social (Critério A1).

Eles preferem passar seu tempo sozinhos a estarem com outras pessoas. Com freqüência, parecem ser socialmente isolados ou "solitários", quase sempre escolhendo atividades ou passatempos solitários que não envolvam a interação com outras pessoas (Critério A2).

Eles preferem tarefas mecânicas ou abstratas, tais como jogos matemáticos ou de computador. Podem ter pouco interesse em experiências sexuais com outra pessoa (Critério A3) e têm prazer em poucas atividades (se alguma) (Critério A4).

Existe, geralmente, uma experiência reduzida de prazer em experiências sensoriais, corporais ou interpessoais, tais como caminhar na praia ao pôr-do-sol ou fazer sexo. Esses indivíduos não têm amigos íntimos ou confidentes, exceto, possivelmente, algum parente em primeiro grau (Critério A5).

Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Esquizóide freqüentemente se mostram indiferentes à aprovação ou crítica e parecem não se importar com o que os outros possam pensar deles (Critério A6). Eles podem ignorar as sutilezas normais da interação social e com freqüência não respondem adequadamente aos indicadores sociais, de modo que parecem socialmente ineptos ou superficiais e absortos consigo mesmos.

Eles geralmente exibem um exterior "insosso", sem reatividade emocional visível, e raramente retribuem gestos ou expressões faciais, tais como sorrisos ou acenos (Critério A7). Afirmam que raramente experimentam fortes emoções, tais como raiva e alegria, freqüentemente exibem um afeto restrito e parecem frios e indiferentes.

Entretanto, em circunstâncias muito incomuns nas quais estes indivíduos, pelo menos temporariamente, sentem-se mais à vontade para se revelarem, podem reconhecer sentimentos dolorosos, particularmente relacionados a interações sociais.

O Transtorno da Personalidade Esquizóide não deve ser diagnosticado se o padrão de comportamento ocorre exclusivamente durante o curso de Esquizofrenia, Transtorno do Humor Com Aspectos Psicóticos, outro Transtorno Psicótico ou um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, ou se é decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de uma condição neurológica (por ex., epilepsia do lobo temporal) ou outra condição médica geral (Critério B).

Características e Transtornos AssociadosIndivíduos com Transtorno da Personalidade Esquizóide podem ter uma particular dificuldade para expressar raiva, mesmo em resposta à provocação direta, o que contribui para a impressão de não possuírem emoções. Suas vidas freqüentemente parecem não ter um rumo, parecendo "andar a esmo", em termos de metas.

Esses indivíduos muitas vezes reagem passivamente a circunstâncias adversas e têm dificuldade em responder adequadamente a acontecimentos importantes de suas vidas. Em vista de sua falta de habilidades sociais e de desejo de ter experiências sexuais, os indivíduos com este transtorno têm poucos relacionamentos, encontros românticos infreqüentes e comumente não se casam.

O funcionamento ocupacional pode estar prejudicado, particularmente se houver necessidade de envolvimento pessoal, mas os indivíduos com este transtorno podem sair-se bem quando trabalham em condições de isolamento social. Particularmente em resposta ao estresse, os indivíduos com este transtorno podem vivenciar episódios psicóticos muito breves (durando de minutos a horas).

Em alguns casos, o Transtorno da Personalidade Esquizóide pode aparecer como antecedente pré-mórbido de Transtorno Delirante ou Esquizofrenia. Os indivíduos com este transtorno podem, por vezes, desenvolver um Transtorno Depressivo Maior. O Transtorno da Personalidade Esquizóide co-ocorre mais freqüentemente com os Transtornos da Personalidade Esquizotípica, Paranóide e Esquiva.

Características Específicas à Cultura, à Idade e ao GêneroOs indivíduos de variados contextos culturais por vezes exibem comportamentos defensivos e estilos interpessoais que podem ser erroneamente rotulados de esquizóides.

Por exemplo, os indivíduos que se mudam de ambientes rurais para áreas metropolitanas podem reagir com uma "paralisia emocional" que pode perdurar por vários meses e se manifestar por atividades solitárias, afeto restrito e outros déficits de comunicação. Os imigrantes de outros países às vezes são erroneamente percebidos como frios, hostis ou indiferentes.

O Transtorno da Personalidade Esquizóide pode aparecer pela primeira vez na infância ou adolescência na forma de solidão, fracos relacionamentos com seus pares e baixo rendimento escolar, o que pode deixar essas crianças e adolescentes marcados como diferentes e sujeitos a zombarias.

O Transtorno da Personalidade Esquizóide é diagnosticado com uma freqüência levemente superior em homens, nos quais pode causar maior comprometimento.

Prevalência
O Transtorno da Personalidade Esquizóide é raro em contextos clínicos.

Padrão FamilialO Transtorno da Personalidade Esquizóide pode ter uma prevalência maior entre os parentes de indivíduos com Esquizofrenia ou Transtorno da Personalidade Esquizotípica.

Diagnóstico DiferencialO Transtorno da Personalidade Esquizóide pode ser diferenciado de Transtorno Delirante, Esquizofrenia e Transtorno do Humor Com Aspectos Psicóticos, uma vez que todos esses transtornos caracterizam-se por um período de sintomas psicóticos persistentes (por ex., delírios e alucinações).

Para um diagnóstico adicional de Transtorno da Personalidade Esquizóide, este deve ter estado presente antes do início dos sintomas psicóticos e persistir após a remissão destes. Quando um indivíduo tem um Transtorno Psicótico crônico do Eixo I (por ex., Esquizofrenia) que foi precedido pelo Transtorno da Personalidade Esquizóide, este último deve ser registrado no Eixo II, seguido da expressão "Pré-Mórbido", entre parênteses.

Pode ser muito difícil distinguir entre indivíduos com Transtorno da Personalidade Esquizóide e aqueles com formas mais leves de Transtorno Autista e com Transtorno de Asperger. As formas mais leves de Transtorno Autista e o Transtorno de Asperger distinguem-se por uma interação social mais severamente prejudicada e estereotipia de comportamentos e interesses.

O Transtorno da Personalidade Esquizóide deve ser distinguido de uma Alteração da Personalidade Devido a uma Condição Médica Geral, em que os traços emergem devido aos efeitos diretos de uma condição médica geral sobre o sistema nervoso central. Ele também deve ser diferenciado de sintomas que podem desenvolver-se em associação com o uso crônico de substâncias (por ex., Transtorno Relacionado à Cocaína Sem Outra Especificação).

Outros Transtornos da Personalidade podem ser confundidos com o Transtorno da Personalidade Esquizóide , por terem certos aspectos em comum, o que torna importante distinguir esses transtornos com base nas diferenças em seus aspectos característicos.

Entretanto, se um indivíduo tem características de personalidade que satisfazem os critérios para um ou mais Transtornos da Personalidade além do Transtorno da Personalidade Esquizóide , todos podem ser diagnosticados.

Embora as características de isolamento social e afetividade restrita sejam comuns aos Transtorno da Personalidade Esquizóide, Esquizotípica e Paranóide, o Transtorno da Personalidade Esquizóide pode ser diferenciado do Transtorno da Personalidade Esquizotípica pela falta de distorções cognitivas ou perceptivas e do Transtorno da Personalidade Paranóide, pela falta de desconfianças e ideação paranóide.

O isolamento social do Transtorno da Personalidade Esquizóide pode ser diferenciado daquele do Transtorno da Personalidade Esquiva, que é devido ao medo de sentir embaraço ou ser considerado inadequado e a uma excessiva previsão de rejeição.

Em contraste, as pessoas com Transtorno da Personalidade Esquizóide têm um distanciamento mais abrangente e pouco desejo de intimidade social.

Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsiva também podem apresentar um aparente distanciamento social, oriundo da dedicação ao trabalho e do desconforto com as emoções, mas eles têm uma capacidade básica para a intimidade.

Os indivíduos "solitários" podem exibir traços de personalidade que poderiam ser considerados esquizóides, porém eles apenas constituem umTranstorno da Personalidade Esquizóide quando são inflexíveis e mal-adaptativos e causam prejuízo funcional significativo ou sofrimento subjetivo.
FONTE:http://www.psiqweb.med.br/site/DefaultLimpo.aspx?area=ES/VerClassificacoes&idZClassificacoes=185

sábado, 28 de julho de 2012

Leve desespero - Capital Inicial.


Eu não consigo mais me concentrar
Eu vou tentar alguma coisa para melhorar
É importante, todos me dizem
Mas nada me acontece como eu queria
Estou perdido, sei que estou
Cego para assuntos banais
Problemas do cotidiano
Eu já não sei como resolver

Sob um leve desespero
Que me leva, que me leva daqui
Então é outra noite num bar
Um copo atrás do outro
Procuro trocados no meu bolso
Dá pra me arrumar um cigarro?
Eu não consigo mais me concentrar
Eu vou tentar alguma coisa para melhorar
Já estou vendo TV como companhia
Sob um leve desespero
Que me leva, que me leva daqui
Talvez se você entendesse
O que está acontecendo
Poderia me explicar
Eu não saio do meu canto
As paredes me impedem
Eu só queria me divertir
As paredes me impedem
Eu já estou vendo TV como companhia
Sob um leve desespero
Que me leva, que me leva daqui

Sob um leve desespero
Que me leva, que me leva daqui.
FONTE: http://letras.mus.br/capital-inicial/44848/

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Folie à deux

Folie à deux ("Loucura a dois" em francês, pronuncia-se: foli-à-dâ) é uma sintomatologia psicopatológica na qual sintomas psicóticos são compartilhados por duas pessoas, geralmente da mesma família ou próximas. Quando a família tem um estrutura psicótica pode ser chamada de folie en famille. No CID 10 é classificado como um "Transtorno psicótico induzido"(F24) na sub-categoria transtorno esquizotípico (F20 a 30). E no DSM é classificado como "Transtorno psicótico compartilhado". Esse termo deve ser usado para descrever a relação psicopatológica independente dos diagnósticos individuais dos envolvidos. 

Características
Pode ser necessário separar os envolvidos durante o tratamento para prevenir que eles reforcem os comportamentos inadequados entre si. Quando o transtorno está sendo induzido por um psicótico (chamado de primário) em uma ou mais pessoas vulneráveis, porém com boa capacidade de interpretação da realidade social, os sintomas das vítimas tendem a desaparecer apenas com terapia, sem a necessidade de medicamentos.
É mais frequente em famílias que vivam juntas (principalmente pais e filhos próximos) pelos fatores genéticos, ambientais, interpessoais, sociais e culturais compartilhados entre eles e envolvidos na formação de uma psicose.
Adolescentes e adultos jovens são mais vulneráveis a psicoses. Ileno Costa e Isalena Carvalho (2007) defendem que toda psicose é resultado de um adoecimento da estrutura familiar e da própria sociedade sendo protagonizada por indivíduos vulneráveis. E a possibilidade de compartilhar sintomas psiquiátricos mesmo em pessoas sem genética reforça a importância que o psicológico, a sociedade e o ambiente tem sobre os indivíduos em oposição ao modelo tradicional que considerava a psicose como uma doença apenas genética.
Classificações
Pode ocorrer por imposição em uma relação de poder (Folie imposée) quando uma pessoa impões crenças altamente prejudiciais, inadequadas e socialmente não-compartilhadas (ex: religiões novas, teorias de conspiração...) para uma ou mais pessoas vulneráveis ou ambos podem ter transtornos psicóticos e compartilharem suas crenças entre si (Folie simultanée), influenciando o comportamento um do outro.
Quando envolve mais de duas pessoas pode ser chamada de folie à tróis (loucura a três), folie à quatre (loucura a quatro) ou folie à plusieurs (loucura de muitos). E possível que alguns cultos radicais extremistas, suicídios em massa e teoristas de conspiração possam ser casos de folie à plusieurs.

Referências

  1. Berrios G E (1998) Folie à deux (by W W Ireland). Classic Text Nº 35. History of Psychiatry 9: 383-395
  2. Teixeira, Paulo José Ribeiro; Araújo, Glauco Corrêa; Rocha, Fábio Lopes. Folie à deux: Revisáo crìtica da literatura J. bras. psiquiatr;41(2):61-5, mar. 1992.
  3. Maharaj, K. M; Hutchinson, Gerald A. Shared-induced paranoid disorder Folie a deux between mother and son. West Indian med. j;41(4):162-3, Dec. 1992.
  4. CARVALHO, Isalena Santos; COSTA, Ileno Izídio e BUCHER-MALUSCHKE, Júlia S. N. F.. Psicose e Sociedade: interseções necessárias para a compreensão da crise. Rev. Mal-Estar Subj. [online]. 2007, vol.7, n.1 [citado 2011-04-06], pp. 163-189 . Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482007000100010&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1518-6148.
  5. Journal of Nervous and Mental Disorders, 1956, Vol 124: 451-459

Amnésia Anterógrada



 
Há várias causas que podem provocar amnésia, como por exemplo: infecções que atingem o tecido cerebral do cérebro, ferimentos ou pancadas na cabeça, um derrame cerebral, alcoolismo, etc. Se há várias causas que provocam amnésia, consequentemente há também vários tipos de amnésia, neste texto vou-me centrar, na amnésia anterógrada.
Normalmente a amnésia anterógrada é cauda por um traumatismo forte. Esta forma de amnésia é posterior ao trauma cerebral, o indivíduo só se consegue lembrar de eventos decorridos antes do trauma e tem a incapacidade ou dificuldade de se recordar de eventos recentes.
Esta amnésia está muito bem explícita nos filmes: “Memento” e “A Minha Namorada Tem Amnésia” (Fifty First Dates). Apesar de serem categoricamente diferentes pois o primeiro é um policial e a personagem principal só ter memória imediata durante uns minutos, e o segundo, uma comédia, e a personagem ter memória imediata de 24h, ambos mostram como perdemos a nossa identidade quando a nossa memória imediata se perde. As duas personagens têm em comum a necessidade de um bloco de notas para não se sentirem tão perdidos, ou seja, no caso de Lenny (no filme Memento) tatua o seu corpo criando uma linha cronológica, criando assim um caminho para atingir o seu objectivo; Já no caso de Lucy (em “A minha namorada tem amnésia”) é o próprio namorado que grava todos os momentos recentes da vida dela, assim consegue reter as memórias mais recentes e prosseguir com a sua vida. Se estes dois personagens não tivessem este bloco de notas improvisado, sentir-se-iam muito perdidos na sua vida futura, pois deixariam de ter a sua identidade.
Tudo que é mental pode ser manipulado, logo a nossa mente pode ser modificada de tal modo que a nossa realidade mental seja completamente o oposto da verdadeira realidade. Lenny (do filme “Memento”), manipulou a seu futuro de forma a que, o seu objectivo (matar quem matou a sua mulher) nunca se pudesse realizar, criando assim uma realidade inexistente, inventada. Já no caso de “A minha namorada tem amnésia” , o namorado podia manipular Lucy pois era ele que gravava a realidade de ambos, apesar de a gravação ser a copia mais verdadeira da realidade, podia mesmo assim manipulá-la negativamente.
Por isso persisto na ideia que as nossas memória recentes condicionam muito o nosso futuro, pois são elas que um dia mais tarde se tornarão em memórias antigas e serão a nossa identidade. Sem memória não temos identidade, pois a memória, é o conjunto das nossas representações sociais, e consequentemente as nossas representações são as percepções do meio onde estamos inseridos. Se modificarmos as nossas representações, a nossa percepção do mundo vai ser completamente diferentes da realidade, criando, assim, uma realidade imaginária, inexistente.
Para perceber o drama das pessoas com amnésia aconselhava a ver estes dois filmes, pois mostram perfeitamente os sentimentos de perda de identidade destes indivíduos.


Bibliografia:
· http://pt.wikipedia.org/wiki/Amn%C3%A9sia;
· http://www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D101%26cn%3D928;
· MONTEIRO, Manuela Matos e FEREIRRA, Pedro Tavares, Ser Humano, 2ªParte - Psicologia B 12ºAno, Porto Editora;

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Demência Vascular



A demência vascular é o resultado do infarto cerebral devido à doença vascular, inclusive a doença cerebrovascular hipertensiva. Os infartos são usualmente pequenos mas cumulativos em seus efeitos. O seu início dar-se-á em geral na idade avançada. A demência vascular pode ter início agudo, seguida por uma sucessão de acidentes vasculares cerebrais por trombose, embolia ou hemorragia. Raramente a causa pode ser um infarto único e extenso. A demência vascular também pode ter início gradual, seguindo-se a numerosos episódios isquêmicos que produzem um acúmulo de infartos no parênquima cerebral, caracterizando a demência por infartos múltiplos.


Demência Vascular Subcortical


A demência vascular que ocorre no contexto de antecedentes de hipertensão arterial e focos de destruição isquêmica na substância branca profunda dos hemisférios cerebrais é chamado de Demência Vascular Subcortical. Nesses casos o córtex cerebral está, usualmente, preservado, fato este que contrasta com o quadro clínico que pode se assemelhar de perto à demência da Doença de Alzheimer.


A Obsolescência dos conceitos Atuais da Demência Vascular


Os conceitos atuais de Demência Vascular estão obsoletos. As definições convencionais identificam tardiamente os pacientes com comprometimento cognitivo tipo demência (Cognitive Impairment Near of Dementia) – CIND - enfatizando mais as consequências que as causas, as verdadeiras bases do tratamento e prevenção. Para cada paciente considerado demente, há outro indivíduo com compromentimento cognitivo tipo demência. O marco principal de todos os tipos de demência é o compromentimento da memória. Este critério funciona muito bem para a Doença de Alzheimer, na qual a memória é um achado precoce e constante, mas raramente ajuda a identificar individuos com compromentimento cognitivo de base vascular.


Cerca de 80% de todos os acidentes vasculares cerebrais ocorrem na distribuição da artéria carótida, somente 20% afetando sistema vertebrobasilar que supre os hipocampos, área cerebral reconhecidamente relacionada aos processos de memória. Os acidentes vasculares cerebrais (AVC) que atingem os giros temporais médios podem causar compromentimento da memória. Isto ocorre, em geral, com lesões bilaterais que levam a distúrbios de memória graves e permanentes. AVC que afetam a cognição ocorrem com mais frequência nas regiôes frontobasais responsáveis pelo julgamento, planificação e emoção, aspectos raramente testados em triagens cognitivas.
Estima- se que cerca de 3% da população de mais de 65 anos são dementes.


Certezas e Vieses da Classificação


Como os pacientes buscam orientação médica devido ao problema de memória, a maioria deles são agrupados como Doença de Alzheimer. Em contraste, pacientes com AVC geralmente buscam inicialmente atenção médica por episódios isquêmicos transitórios ou derrames. Se estes pacientes tiverem comprometimento cognitivo, freqüentemente essa disfunção atinge o lobo frontal, o que é díficil de testar e diagnosticar.
FONTE: http://www.neurologia.srv.br/demencia-vascular

Demência Progressiva

Essa síndrome trata-se de uma doença degenerativa pré-senil que se caracteriza pela predominância de distúrbios piramidais e extrapiramidais.
É uma doença que provoca demência precoce e perda progressiva da memória ocorrendo em pessoas com meia idade ou até com pessoa com menos de 30 anos.
A ansiedade e depressão são sintomas presentes nestas pessoas, porém o quadro afetivo é bastante variável e também pode constar de euforia e exagerado otimismo em marcantes contrastes com as evidências e dificuldades físicas e mentais.
Nesta síndrome há uma deteriorização progressiva da cognição envolvendo também a perda progressiva da memória, perda de juízo e de valores acompanhada de confabulações e alucinações típica da psicose de Korsakov.
A progressão da demência leva à demência total e o comprometimento intelectual e de memória.
Entre os sintomas físicos característicos e que devem ser considerados em um diagnóstico diferencial temos:
· Sensação de fraqueza nas pernas (indício inicial)
· Dificuldade de levantar as pernas de tal modo que o paciente prefere rodear os obstáculos em vez de pular
· Ataxia (dificuldades na marcha)
· Reflexos tendinosos exagerados
· Atrofia nos músculos dos braços e das pernas
· Fibrilações que são associadas à doença ELA (esclerose amiotrófica lateral)
· Sinais extrapiramidais com movimentos espontâneos
· Tremores
· Atetose (movimentos involuntários dos dedos)
· Distúrbios do tônus muscular
· Sintomas Parkinsonianos
· Disartria evidente
Esta síndrome é uma doença crônica e pode resultar em morte entre dois a cinco anos de seu surgimento.
FONTE: http://www.psicologiananet.com.br/demencia-precoce-perda-progressiva-da-memoria-doenca-de-jakob-creutzfeldt-doenca-de-heidenheim-doenca-de-kraepelin/969/

terça-feira, 24 de julho de 2012

DEMENCIA



O que é?
São todas as doenças que provocam alteração da memória de curta ou longa duração associada a alteração da função cortical a qual chamamos raciocínio. A memória de curta duração é responsável pelo que o indivíduo realizou nos últimos dias e nas últimas horas. Já a memória de longa duração é a responsável pelo aprendizado, lembranças da infância e de anos passados. O raciocínio ou funções corticais superiores são as capacidades do indivíduo de calcular, escrever, orientar-se e principalmente a capacidade de integrar todos esses conhecimentos.
Quando o indivíduo não reconhece alguém ou algum lugar ou há quanto tempo ocorreu determinado fato, isso significa que ele está com alteração de memória e, portanto, com um dos indicadores para quadro demencial. A inadequação a diferentes fatos, como perda de iniciativa e comportamento inadequado, é decorrente de doença do lobo frontal.
Alteração pequena de memória recente em indivíduos com mais de 65 anos de idade é considerada normal. Perda de memória geralmente ocorre na demência, mas a perda de memória, sozinha, não significa que o indivíduo tem demência. A demência indica problemas com pelo menos duas funções cerebrais, tal como a perda de memória associada com uma piora no julgamento ou linguagem. A demência torna o paciente confuso podendo não lembrar de nomes e pessoas, podendo ocorrer também alterações de personalidade e comportamento social.
Como se adquire?
Muitas doenças chamadas de "degenerativas" são responsáveis por quadros demenciais, entre elas: Doença de Alzheimer, diabete melito, dislipidemias, isquemias cerebrais. Outro grande grupo é o das doenças infecciosas: meningites, encefalites, encefalites por vírus lentos, AIDS, sífilis. O terceiro grupo é o dos tumores cerebrais, como os gliomas, meningeomas, metástases.
Por último temos as demências pós-traumatismo de crânio que são os hematomas subdurais crônicos e as lesões axonais difusas e a hidrocefalia.
O que se sente?
Inicialmente a pessoa queixa-se de falta de memória recente, depois aparecem as alterações da memória tardia, memória de tempo e memória espacial. Por fim há uma alteração de comportamento, com atitudes bizarras e imprevisíveis.
Como o médico faz o diagnóstico?
O diagnóstico é feito com testes de memória. Dá-se uma lista de dez objetos ou desenhos para o indivíduo memorizar. Caso ele tenha menos de 65 anos de idade e não consiga memorizar nenhum dos dez objetos ou desenhos, ele deve ser investigado.
Avaliação deve ser feita com tomografia computadorizada do encéfalo (TC) ou ressonância magnética do encéfalo (RM). A punção lombar é importante, pois nos permite diagnóstico de doenças infecciosas que levam a quadro demencial.
Como se trata e como se previne?
Para as doenças infecciosas, a prevenção é a vacinação sempre que possível, como nas meningites bacterianas. Evitar transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DST), como sífilis e AIDS, com o uso de métodos de barreira - camisinha, condom - nas relações sexuais.
Nos diabéticos e pessoas com problema de colesterol o tratamento com restrição alimentar e remédios é o mais indicado.
Nas demências consideradas degenerativas, como Alzheimer, estudos têm sido feitos na tentativa de identificar um vírus ou alteração metabólica que leve ao quadro demencial. Nos tumores cerebrais não há nenhuma forma de tratamento preventivo, mas somente curativo como cirurgia para ressecção dos mesmos.
FONTE: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?100

CID 10

A Décima Revisão da Classificação Internacional de Doenças e de Problemas Relacionados a Saúde é a última de uma série que se iniciou em 1893 como a Classificação de Bertillon ou Lista Internacional de Causas de Morte. Uma revisão completa dos antecedentes históricos da classificação é apresentada no Volume 2. Ainda que o título tenha sido alterado visando tornar mais claro o conteúdo e a finalidade bem como refletir a extensão progressiva da abrangência da classificação além de doenças e lesões, permanece mantida a familiar abreviatura CID. Quando da atualização da classificação, as afecções foram agrupadas de forma a torná-las mais adequadas aos objetivos de estudos epidemiológicos gerais e para a avaliação de assistência à saúde. O capítulo V corresponde aos Transtornos mentais e comportamentais.
A versão de 2007 do CID está disponível em: http://www.datasus.gov.br/cid10/v2008/cid10.htm (É necessário ter Java instalado)
Versão Online com Busca rápida em: http://www.cid10.com.br

Índice

F00-F99 - Transtornos Mentais e do Comportamento

(F00-F09) Transtornos mentais orgânicos, inclusive os sintomáticos

(F10-F19) Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substância psicoativa

  • As subdivisões seguintes de quarto caractere devem ser usadas com as categorias F10-F19:
  • (F10) Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool
  • (F11) Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de opiáceos
  • (F12) Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de canabinóides
  • (F13) Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de sedativos e hipnóticos
  • (F14) Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso da cocaína
  • (F15) Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de outros estimulantes, inclusive a cafeína
  • (F16) Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de alucinógenos
  • (F17) Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de fumo
  • (F18) Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de solventes voláteis
  • (F19) Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de múltiplas drogas e ao uso de outras substâncias psicoativas

(F20-F29) Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes

  • (F20) Esquizofrenia
    • (F20.0) Esquizofrenia paranóide
    • (F20.1) Esquizofrenia hebefrênica
    • (F20.2) Esquizofrenia catatônica
    • (F20.3) Esquizofrenia indiferenciada
    • (F20.4) Depressão pós-esquizofrênica
    • (F20.5) Esquizofrenia residual
    • (F20.6) Esquizofrenia simples
    • (F20.8) Outras esquizofrenias
    • (F20.9) Esquizofrenia não especificada
  • (F23) Transtornos psicóticos agudos e transitórios
    • (F23.0) Transtorno psicótico agudo polimorfo, sem sintomas esquizofrênicos
    • (F23.1) Transtorno psicótico agudo polimorfo, com sintomas esquizofrênicos
    • (F23.2) Transtorno psicótico agudo de tipo esquizofrênico (schizophrenia-like)
    • (F23.3) Outros transtornos psicóticos agudos, essencialmente delirantes
    • (F23.8) Outros transtornos psicóticos agudos e transitórios
    • (F23.9) Transtorno psicótico agudo e transitório não especificado
  • (F25) Transtornos esquizoafetivos
    • (F25.0) Transtorno esquizoafetivo do tipo maníaco
    • (F25.1) Transtorno esquizoafetivo do tipo depressivo
    • (F25.2) Transtorno esquizoafetivo do tipo misto
    • (F25.8) Outros transtornos esquizoafetivos
    • (F25.9) Transtorno esquizoafetivo não especificado
  • (F28) Outros transtornos psicóticos não-orgânicos
  • (F29) Psicose não-orgânica não especificada

(F30-F39) Transtornos do humor [afetivos]

(F40-F48) Transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o estresse e transtornos somatoformes

(F50-F59) Síndromes comportamentais associadas a disfunções fisiológicas e a fatores físicos

  • (F53) Transtornos mentais e comportamentais associados ao puerpério, não classificados em outra parte
    • (F53.0) Transtornos mentais e comportamentais leves associados ao puerpério não classificados em outra parte
    • (F53.1) Transtornos mentais e comportamentais graves associados ao puerpério não classificados em outra parte
      • Psicose puerperal SOE
  • (F54) Fatores psicológicos ou comportamentais associados a doença ou a transtornos classificados em outra parte
  • (F55) Abuso de substâncias que não produzem dependência
  • (F59) Síndromes comportamentais associados a transtornos das funções fisiológicas e a fatores físicos, não especificadas

(F60-F69) Distorções da personalidade e do comportamento adulto

(F70-F79) Retardo mental

  • (F70) Retardo mental leve
  • (F71) Retardo mental moderado
  • (F72) Retardo mental grave
  • (F73) Retardo mental profundo
  • (F78) Outro retardo mental
  • (F79) Retardo mental não especificado

(F80-F89) Transtornos do desenvolvimento psicológico

  • (F81) Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares
    • (F81.0) Transtorno específico de leitura
    • (F81.1) Transtorno específico da soletração
    • (F81.2) Transtorno específico da habilidade em aritmética
    • (F81.3) Transtorno misto de habilidades escolares
    • (F81.8) Outros transtornos do desenvolvimento das habilidades escolares
    • (F81.9) Transtorno não especificado do desenvolvimento das habilidades escolares
  • (F82) Transtorno específico do desenvolvimento motor
    • Transtorno do desenvolvimento do tipo dispraxia
  • (F83) Transtornos específicos misto do desenvolvimento
  • (F84) Transtornos globais do desenvolvimento
  • (F88) Outros transtornos do desenvolvimento psicológico
  • (F89) Transtorno do desenvolvimento psicológico não especificado

(F90-F98) Transtornos do comportamento e transtornos emocionais que aparecem habitualmente durante a infância ou a adolescência

  • (F92) Transtornos mistos de conduta e das emoções
    • (F92.0) Distúrbio depressivo de conduta
  • (F93) Transtornos emocionais com início especificamente na infância
    • (F93.0) Transtorno ligado à angústia de separação
    • (F93.1) Transtorno fóbico ansioso da infância
    • (F93.2) Distúrbio de ansiedade social da infância
    • (F93.3) Transtorno de rivalidade entre irmãos
  • (F94) Transtornos do funcionamento social com início especificamente durante a infância ou a adolescência
  • (F98) Outros transtornos comportamentais e emocionais com início habitualmente durante a infância ou a adolescência
    • (F98.0) Enurese de origem não-orgânica
    • (F98.1) Encoprese de origem não-orgânica
    • (F98.2) Transtorno de alimentação na infância
    • (F98.3) Pica do lactente ou da criança
    • (F98.4) Estereotipias motoras
    • (F98.5) Gagueira (tartamudez)
    • (F98.6) Linguagem precipitada
    • (F98.8) Outros transtornos comportamentais e emocionais especificados com início habitualmente na infância ou adolescência (Exemplos: roer unhas, déficit de atenção sem hiperatividade, masturbação exagerada...)
    • (F98.9) Transtornos comportamentais e emocionais não especificados com início habitualmente na infância ou adolescência

(F99) Transtorno mental não especificado

  • (F99) Transtorno mental não especificado em outra parte