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sábado, 13 de outubro de 2012

A síndrome de Otelo


A síndrome de Otelo – Ciúme patológico
Otelo, o mouro de Veneza é personagem principal do romance do famoso britânico Willian Shakespeare, que conta a história de um homem que ama demais a esposa e que convencido de sua infidelidade, acaba a matando para logo após descobrir a inocência dela.
O conto de Shakespeare traça muitos paralelos com a nossa vida cotidiana. Nenhum relacionamento esta livre das desconfianças e das tentações que o mundo oferece, ainda mais nos dias de hoje que o apelo sexual esta em cada esquina. Porem existem pessoas que passam dos limites nas desconfianças e qualquer indicio, por mais absurdo que seja, é uma prova cabal da traição do parceiro. 
O ciúme patológico é definido como a persistente idéia de que o parceiro (a) possui outros relacionamentos, não importando qual seja a realidade da relação amorosa, pois a sensação é que a relação afetiva esta em constante ataque por parte de outras pessoas. Nesse sentido, a pessoa com ciúme patológico interpreta tudo no ambiente como uma prova da infidelidade do parceiro, já que a todo momento o sentimento é de que o relacionamento corre perigo.
Dizem que o ciúme é algo natural e esperado de qualquer relacionamento, afinal, quem gosta cuida e quer proteger o relacionamento e a pessoa amada. Não existe uma escala que nos diz quando o ciúme passa de “normal” para patológico, mas podemos perceber que o ciúme patológico causa intenso sofrimento para o casal, para o ciumento por que tudo vira uma prova clara da traição e para o parceiro que precisa se submeter a questionários, brigas, controles de todas as formas e todos os passos que dá e em alguns casos pode ter sua integridade física ameaçada.
A Síndrome de Otelo é diagnosticada quando existem sintomas e sinais específicos e em conjunto. Podemos dizer que as principais características dessa síndrome inclui: ter o controle do pessoa amada, checar contas de telefone, ler e-mails particulares, vasculhar bolsos, agendas, contas de cartão de crédito, contratar detetives, seguir a pessoa, telefonemas constantes, implicar com roupas que o outro use, implicar com amigos (as) e até mesmo parentes, não permitir que o parceiro saia desacompanhado, enfim… os exemplos são muitos.
É importante ressaltar que a pessoa que sofre do ciúme patológico fundamenta suas ações em distorções e falsas interpretações da realidade. Quando o ciúme ameaça a integridade do relacionamento e qualquer estimulo é interpretado como uma prova de traição, por mais irracional e absurdo que sejam os argumentos usados pelo ciumento, então é preciso ficar atento.
Quando existe agressão física e ameaças de diversas ordens, o relacionamento não tem mais chances de se tornar saudável sem a ajuda profissional de um terapeuta treinado para tal.
Quem se envolve com um ciumento patológico vive em constante ameaça, cobranças, brigas e precisa se justificar de tudo que faz a todo o momento. É um tipo de relacionamento penoso e desgastante, transtornos de ansiedade e depressão costumam se instalar na vitima do ciumento.
A vitima perde a identidade e a paz ( isso quando não perde a vida ), podemos citar o caso de Eloá Pimentel que foi mantida refém por 68 horas e morta por Lindenberg Alves em 2008, enfim, existem muitos exemplos do ciúme patológico que terminaram com a morte do ciumento ou da vitima do ciumento.
As terapias de abordagem comportamental ( Analise do Comportamento ) e Cognitivo Comportamental ( TCC ) são as mais indicadas possuindo estudos e pesquisas de alto grau de evidencia cientifica, atestando que de fato funcionam.
O ciúme patológico ou Síndrome de Otelo é um problema que existe há séculos e que afeta milhões de pessoas no mundo todo. É um problema tratável e com grandes possibilidades de melhora quando realizado por um profissional qualificado e devidamente treinado no manejo de situações de conflito causadas pelo ciúme patológico.

FONTE:http://comportamentoeciencia.blogspot.com.br/2010/11/sindrome-de-otelo-o-ciume-patologico.html

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