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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Viciados em sexo

 
 
Viciados em sexo
O jogador de golfe americano Tiger Woods, alvo de um escândalo recentemente, declarou sofrer de dependência sexual. De fato, o ser humano pode ficar obcecado pelo bem-bom. Só que, longe de ser uma fonte inesgotável de prazer, esse comportamento transforma o sexo em um grande problema. Tire suas dúvidas sobre o problema.

Existe vício em sexo?
Sim. Trata-se de um transtorno mental marcado por uma profunda dependência de sexo. O indivíduo não para de pensar no assunto e está sempre sedento por satisfazer seu prazer. A questão é que, nesses casos, o homem ou a mulher perde o controle da situação e, aí, essa compulsão passa a atrapalhar a vida social.

Quais as características de um dependente sexual?
A primeira — e mais evidente — é a de uma pessoa que não consegue se controlar frente aos impulsos sexuais ou pensamentos que remetem à atividade entre os lençóis. Muitos dos dependentes se tornam, por exemplo, visitantes assíduos de sites pornográficos. O indivíduo perde a noção de que existem momentos e locais certos para transar ou se masturbar. “Esse comportamento passa a comprometer o convívio com os outros”, afirma o psiquiatra Aderbal Vieira Júnior, do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Proad-Unifesp).

Quem está mais sujeito a essa compulsão?
São os adultos, entre 30 e 60 anos. Na adolescência, a explosão dos hormônios faz com que, naturalmente, o indivíduo se descubra sexualmente e pense mais no assunto — inclusive devido às suas inseguranças. Já depois dos 70 anos, problemas neurológicos podem afetar o discernimento sobre a vida sexual. Por isso, pessoas mais velhas podem apresentar comportamentos sexuais esquisitos.

Homens ou mulheres: quem sofre mais de compulsão sexual?
“A procura dos homens por ajuda é brutalmente maior do que a das mulheres”, diz o psiquiatra Aderbal Vieira Júnior. Isso não significa, porém, que só marmanjos enfrentem o problema. Embora se avalie que a compulsão seja mais típica no sexo masculino, muitas mulheres deixam de buscar auxílio médico por puro preconceito.

Dependência de sexo só envolve relação a dois?
Não. Há muita gente que, louca por sexo, transforma a masturbação ou o voyeurismo em suas fontes de deleite. Outra parcela dos dependentes sexuais só consegue se contentar (por alguns minutos ou horas) depois de transar com alguém.

Há tratamento para esse vício?
Felizmente, sim. O médico Aderbal Vieira Júnior lista e explica as principais abordagens terapêuticas:

1. Psicoterapia psicodinâmica: o terapeuta ajuda o paciente a compreender melhor sua sexualidade e a decifrar por que o sexo tem um papel tão excessivo em sua vida. Assim, pode orientá-lo a traçar estratégias para derrubar a compulsão.
2. Terapia cognitivo-comportamental: nesse caso, o foco é identificar hábitos e promover mudanças de comportamento capazes de repelir a dependência sexual.
3. Medicamentos: em algumas situações mais graves, os especialistas receitam antidepressivos, medicamentos que atuam no sistema nervoso e rebaixam a libido. Os remédios podem também ser coadjuvantes da psicoterapia.

Serviço
Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo
Site: http://www.proad.unifesp.br/
Telefone: (11) 5579 1543
FONTE: http://saude.abril.com.br/edicoes/0323/medicina/conteudo_553440.shtml

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